sexta-feira, maio 11, 2012

Degradação de Pastagens no Estado do Pará por infestações de Sporobolus

Atualmente o numero de publicações sobre degradação de pastagens tem aumento de forma significativa, tanto  em sites de noticias voltados a pecuária como artigos das próprias empresas de pesquisa do Brasil.

A grande perca de área efetiva de pastagem vem ocorrendo de forma agressiva em todas as regiões do pais, alguns a justificam como falta de chuva necessária, outros a exaustão da fertilidade do solo que é explorado sem planejamento. Fato é que a pecuária brasileira já não possui as mesmas regalias que possui a anos atras, cerca de 10 a 15 anos, onde o pecuarista trabalhava com no máximo uma cabeça por hectare/média ano e também não sofria com necessidades de gastos com herbicida como é a realidade atual.

Ao retornar de uma viagem técnica ao estado do Pará deparei com conclusão que os problemas enfrentados pelos pecuaristas desse estado são os mesmo enfrentados por todo Brasil. A cada 100 hectares abertos para pastagens existem cerca de 40 a 50% da áreas em processos de degradação irreversível, ou seja, demandando investimentos.


Conhecido nacionalmente como CAPIM CAPETA, a planta Sporobolus Indicus veem se tornando tormenta em todo território nacional, isso se deve principalmente a dificuldade de controle em regiões onde não existe agricultura em larga escala e também ao fato da não existência de herbicidas seletivos para essa planta.


Sporobolus Indicus em estágio vegetativo, arquivo ALCANCE 2012.

A maior dificuldade no estado do Pará é conscientizar o Pecuarista da necessidade de investimentos estratégicos para eliminar a infestação dessa invasora na fazenda, pois uma vez instalada em media escala já é suficiente para comprometer todo estande da pastagem.

Veja alguns estágio de infestação:
Área recém formada com estágio inicial de infestação de Sporobolus.

Nessa fase o controle é mais econômico, pois é possível fazer aplicações de herbicida dessecante localizado sem percas significativas de pastagens. No entanto é valido lembrar que repasses no controle são necessários até o total extermínio da planta.

Segunda fase, a planta já começa se proliferar e ganhar espaço.

No segundo estágio o controle com dessecação ainda é eficiente, mas já deixa sintomas de estres na pastagem, pois parte dela também é dessecada.


Terceira fase, a planta invasora domina o estande de plantas de pequenas áreas, até grandes áreas.

Quando o nível de infestação atinge o terceiro estágio de infestação o custo de recuperação é alto, pois a solução para o controle é a recuperação direta da pastagem com preparo de solo e dessecação  com herbicida subsequente da área para controle de re-infestação.




Um comentário: